Muita calma nessa hora, minha gente, mas Hellraiser e seu Pinhead são os meus preferidos no cinema (e na literatura) de horror.
Todo mundo gosta de Stephen King mas eu sou como o próprio Kiing, que disse que o Clive Barker era o futuro do horror.
Eu acho que ele não só é o futuro como também é o presente e Pinhead, herói de Hellraiser, pra mim é Deus.
Depois de mais ou menos uns 359 filmes, a Hulu resolveu acabar com a palhaçada (oi?) e recomeçar uma nova era de Hellraiser.
Chamou um diretor bom demais, o David Bruckner e lançou agora Hellraiser.
Sim, Hellraiser como o primeiro de 1987, quando foi dirigido pelo próprio Clive Barker que mudou tudo.
Pra começar, o povo colocou a ótima atriz Jamie Clayton pra viver Pinhead e olha, não achava que não sentiria falta da roupa de couro preto, brilhantemente substituído por um outro couro mais “rosinha”.
A história é quase a mesma do primeiro lá, baseado no livro original de Clive Barker, The Hellbound Heart (imperdível).
Hellraiser fala de pessoas que descobrem que podem atingir o máximo da experiíncia humana vivendo os limites de dor e prazer através de um cubo, que é uma espécie de quebra cabeças que se solucionado, trás para a nossa realidade cenobitas, seres infernais que dominam essa parada de extremos, que nos mostram que a dor e o prazer são extremos complementares que podem nos levar a lugares inimagináveis.
Mas muito desejáveis.
Desta vez a história gira em torno de um ricaço picareta (Goran Višnjić) que gasta o que precisa para colocar as mãos no cubo e faz o que precisa para que pessoas sejam usadas como “iscas” para a chegada da turma cenobita.
Se você está familiarizado com o universo de Hellraiser, sabe que o que interessa na história é isso, como falar com algum cenobita atrás desta êxtase pleno, alcançado por quase ninguém, e que como diz Frank ao final do primeiro filme lá em 1987,”…e Jesus chorou!”, enquanto tem seu corpo, preso pelas correntes como se crucificado, destroçado pela turminha.
Imagina o nível desta frase, uma das mais icônicas do cinema de horror.
Este novo Hellraiser começa muito bem, com toda a vibe do horror oitentista, com uma trilha de dar medo (que lembra muito o que Trent Reznor vem fazendo no cinema) e o mais interessante: a fotografia do filme é totalmente oitentista, sem firulas, sem claro escuro, sem contra luz, tudo muito sutil e bem iluminado, quase impensável em um horror do século XXI.
Este Hellraiser novo não é genial, não é um filme que vai revolucionar o cinema de horror, não é o filme de jump scare (obrigado!), dos sustinhos bestas e de monstrinhos sem graça.
Hellraiser e todo universo de cenobitas é desgraça, é monstro que não tá nem aí e que f@de com todos os personagens possíveis, é a mesma história de sempre que a gente nnao se cansa de assistir, tudo vindo da mente maravilhosa (e um pouco doentia) com todas as referências S&M maravilhosas do maior de todos Clive Barker.
Vou deixar um desejo meu aqui e uma ideia: todo outubro, a partir de agora, a Hulu deveria lançar um novo Hellraiser. Obrigado. De nada.
NOTA: 🎬🎬🎬🎬1/2