Mais um filme francês, mais um filme bacanérrimo, pra cima, inspirador e engraçado.
Um Banho de Vida conta a história de um grupo de homens que para fugir da depressão geral, dos problemas do dia a dia que vão se tornando piores com a idade, criam um grupo de nado sincronizado.
Masculino.
Sim, isso mesmo.
Esses homens, todos com idades que ou beiram os 50 anos ou já passaram, estão sentindo na pele o que significa ser “velho” nesses quase anos 2020, onde o mundo é rápido, sem paciência, cada vez mais jovem.
Um não consegue emprego faz 2 anos, outro não consegue se comunicar com a mulher e o filho por stress e grosseria, outro é um chapeiro que gostaria de ser rockstar e que ouve da filha que ele nunca vai ser o Bowie, e por aí vão.
Esse time estranho e despretensioso, no final das contas serve mais para eles conversarem antes e depois dos treinos e trocarem experiências, servirem de ombros amigos uns para os outros, já que todos estão num mesmo momento de vida.
Só que o que eles não esperavam era que eles iriam acabar no campeonato mundial de nado sincronizado masculino como o time que representa a França.
Quer dizer, esses velhinhos são a seleção francesa de nado sincronizado e só por isso eles vão ter que treinar muito e muito mais sério do que vinham treinando para tentar calar a boca de seus familiares, seus amigos, seus vizinhos e pior, do time de polo aquático com quem eles dividem a piscina de treinos.
Os barrigudos vão ter que mostrar aos saradões do polo que eles conseguem ser bons.
E o filme vai nos mostrando o quanto pequenos esforços e ombros amigos e o velho e bom “ninguém larga a mão de ninguém” pode ajudar quem quer que seja em seus piores momentos da vida.
Um Banho de Vida é daqueles filmes que você aos poucos vai entrando na vibe, vai torcendo pelos fracassados, vai entendendo que você também é um desses perdidos e que ao final, você está com um sorriso lindo de orelha a orelha.
P.s.: além do maravilhoso Guillaume Canet, um dos véios é o ícone Jean-Hugues Anglade.
NOTA: 🎬🎬🎬1/2
Um pensamento sobre “73/2019 UM BANHO DE VIDA”