O filme alemão Futur Drei é (mais um)a prova de que o cinema americano gay tem muito o que aprender com o cinema gay do resto do mundo.
Enquanto por lá eles insistem em fazer comédias românticas cheias de personagens que fazem muita burrada e no final precisam se redimir, repetindo uma fórmula chata, o resto do mundo, Brasil inclusive, vai fazendo filmes profundos, com personagens não caricatos e com temas mais e mais políticos, como tem que ser (na minha opinião).
Futur Drei conta a história de Parvis, alemão gay, filho de imigrantes iranianos, que vai trabalhar em um centro de acolhida de refugiados onde se aproxima de um casal de irmãos iranianos tentando o visto de moradia na Alemanha.
Ela é fofa, ótima, descolada e ele aos poucos vai se aproximando de Parvis, mesmo com seus amigos do centro dizendo que é errado ele ter qualquer tipo de relação com a bicha.
Mas Parvis é o máximo, super resolvido, inclusive com sua família, e faz tudo para agradar todo mundo do centro e em particular o bonitão no armário Amon e sua irmã lindona Banafshe.
O tom adocicado do filme tem toques amargos na medida perfeita para que a história não descambe para um melodrama sem graça.
Homofobia, bullying, pertencimento, a saída do armário, os dramas familiares são todos muito bem dosados e fazem com que Futur Drei seja a estreia perfeita para o jovem diretor Faraz Shariat, inclusive levando o prêmio Teddy para o melhor filme gay do Festival de Berlim de 2020.
NOTA: 🎬🎬🎬🎬
EITA! Já sabe onde tem download disponível?
Tem fácil por aí com o título em inglês “No Hard Feelings”.
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