Muito mais do que “apenas” um documentário sobre John Belushi, um dos maiores gênios da comédia americana, Belushi é um filme obrigatório para quem ainda hoje, em 2021, acha que depressão é falta de ….. (complete a frase com qualquer coisa).
A vida e a morte de John Belushi contadas por seus mais íntimos, sua esposa Judy, seus melhores amigos e companheiros de palco e telas Dan Aykroyd, Chevy Chase e Lorne Michaels, o criador do Saturday Night Live que estreou com a cara de Belushi estampada.
Um dos grandes, Belushi sofria com sua família distante, sofria por achar que não era suficiente para sua esposa, sofria porque achava que não entregava o suficiente, sofria porque achava que não era famoso o suficiente e depois sofria porque era muito famoso.
Ele é (ou foi) a maior expressão do “pensar demais”, do estar muito em sua própria cabeça.
E depois que encontrou uma saída nos braços da cocaína, as coisas começaram ir de mal a pior.
Acompanhar o filme é acompanhar a descida de Belushi ao seu inferno particular na Terra.
Ver a degradação física, intelectual e emocional de uma pessoa a olhos vistos é triste demais.
Enxergar não só o rosto dele se deteriorando mas ver a letra dele nas cartas que escrevia constantemente a Judy mudando com o passar do tempo é das coisas mais tristes que vi ultimamente.
Mas o filme não é só tristeza, é o documento que deixa claro, não que não soubéssemos, que John Belushi esteve e sempre estará no nível dos maiores como Richar Pryor, Chaplin, Jerry Lewis e poucos outros.
Para quem como eu ainda ama John Belushi e seu Beethoven cocainômano, seu hamburgeiro malucão, seu samurai mais maluco ainda, pra quem também é viciado em The Blues Brothers e Animal House, esse documentário não é só obrigatório mas algo que deve ser revisto constantemente.
NOTA: 🎬🎬🎬🎬1/2