186/2021 HOLLER

Ah que filme legal. Ah que filme triste.

Holler é um belo de um indie americano, muito bem feito com muito pouco dinheiro.

Holler é um grito entalado na garganta de Ruth, uma garota muito mais inteligente do que as possibilidades de vida que ela tem.

Sua mãe é uma junkie, presa na delegacia para passar por uma limpeza, ao invés de ir para a penitenciária (vivida pela sempre ótima Pamela Adlon).

Ruth mora com seu irmão, que torce muito para que ela vá para a faculdade e saia desse mundo desgraçado que eles vivem.

O problema é o dinheiro para pagar as inscrições e mensalidades. Ruth sabe que seus trabalhinhos de babá, de catadora de latinha e de escrever trabalhos para outros alunos não vão ser o suficiente.

Para isso ela e seu irmão começam a trabalhar em um ferro velho e Ruth entra em um mundo mais perigoso e estranho do que ela imaginava.

Os problemas na vida de Ruth só aumentam à medida que ela e seu irmão tentam resolvê-los.

Nada parece funcionar, mas a garota não desiste.

Eu diria que Holler é um filhote estético de Nomadland, feito com pouco dinheiro, com câmera na mão, com pouca luz, criando muita intimidade com as personagens do filme, o que dá uma outra dimensão à história contada.

A inglesa Jessica Barden (Hanna) que faz Ruth se entrega tanto ao papel que tenho certeza que a personagem deve tanto à atriz quanto ao roteiro e à direção.

Toda a inteligência e noção de realidade de Ruth são o segredo do sucesso de Holler, aquela surpresinha que o roteiro vai nos jogando na cara o tempo todo para que não nos esqueçamos onde nos enfiamos assistindo esse dramão.

Muito bem feito.

NOTA: 🎬🎬🎬🎬

Resenha em 30 segundos ou menos:

Trailer:

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