Nada como começar o ano com um ótimo filme.
Mass é um filme que não teria meia opção: ou seria uma porcaria gigante ou o contrário.
Mass conta a história de 2 casais que não se conhecem ao vivo e se encontram pela primeira vez em uma sala de reunião em uma igreja, um local neutro, para conversarem sobre seus filhos.
Em um drama desgraçado de arregaçar com nossos coraçõezinhos, a gente descobre aos poucos o que aconteceu com os filhos dos 2 casais.
E por causa do elenco de Mass que o filme muito bem escrito e dirigido pelo novato Fran Kranz explode.
Colocar no mesmo filme, em mais de 1h30, cara a cara, as gigantes Ann Dowd e Martha Plimpton não é pra muitos.
Colocar essas 2 sem a gente saber porque estão lá, é ousado demais e o pior (ou melhor?): deixa o espectador com o estômago na mão de tão nervoso que vai ficando.
Ann e Martha são acompanhadas no mesmo nível por Reed Birney e Jason Isaacs como seus respectivos maridos e vou dizer uma coisa: quando eu achei que as divas roubariam o filme, os 2 seguram a onda lá em cima, principalmente o sempre ótimo Jason Isaacs.
Esse é um tipo de resenha que eu prefiro não dizer nada sobre o filme além do que já disse: reunião tensa em uma igreja, 2 famílias que nunca tinham se encontrado antes, os filhos de ambas com uma conexão que a gente não conhece e um texto muito bem escrito.
Assista Mass e me agradeça depois por não ter falado nada demais.
Esse tipo de filme que na França se chama de “huis-clos”, onde tudo se passa no mesmo cenário, com o mesmo pequeno elenco, geralmente com carga de tensão extrema, como eu disse antes, ou é genial ou é chato ao extremo.
Mass entrou na primeira categoria como um filme que, além de ser muito surpreendente, é uma vitrine perfeita para que atrizes que ultimamente vinham brilhando nas séries, tomarem seus lugares merecidos no panteão das grandes do cinema de Hollywood.
Viva Ann Dowd.
Viva Martha Plimpton.
Viva 2022.
NOTA: 🎬🎬🎬🎬1/2