Se tem filme com o Moe Dunford, eu tô assistindo.

Daí você vai me perguntar: mas Fabiano, como a gente aguenta mais um filme de plano sequência, sem corte, de um cara dentro de um carro falando ao celular tentando resolver problemas?

E eu respondo: esse é bom por alguns motivos.

Primeiro, porque é baseado em uma história real de uns bandidos irlandeses, na Irlanda, durante uma noite alucinante, como dirá o locutor da chamada, um dia que esse filme passar na tv aberta.

Segundo porque as ideias por trás da resolução dos “probleminhas” do roteiro são bem boas.

Terceiro porque o Dunford, o novo ator fetiche irlandês é bom pra caramba.

Principalmente aqui no papel de Budge, um trafecantezinho de meia pataca que resolve mudar de vida com sua namorada ucraniana Sofia(a atriz portuguesa Joana Ribeiro) e com a ajuda de seu melhor amigo que pega dinheiro emprestado com os pais pra que eles comprem um carregamento enorme de drogas.

Pra piorar, eles pegam emprestado o resto do dinheiro que eles precisam com um agiota muito do mal, como a gente vai ver no filme.

Por causa de um mal entendido, ou de uma idiotice, ou no caso dessa história de bandidos, por causa de uma filhadaputice, os planos de Budge não vão acontecendo exatamente como planejado e o que tinha tudo para ser uma transação tranquila, acaba virando um deusnosacuda.

A ideia de ter o motorista preso no carro o tempo inteiro, falando com um monte de gente pelo celular resolvendo a confusão é bem boa.

Fico imaginando o quanto o Budge da vida real não sofreu na hora e meia que se passa o filme, e a história da vida real e como isso foi combustível incrível para a criação deste Nightride.

O diretor e roteirista Stephen Fingleton é um cara bem bom, que já saltou aos meus olhos em seu filme anterior, The Survivalist, uma ode punk pós apocalíptica dos infernos.

Imperdível.

NOTA: 🎬🎬🎬🎬