007/2023 A CAIXA

A Caixa do título deste drama mexicano contém os pertences do pai morto de um garoto, que atravessa o México de ônibus para recolher o que lhe sobrou de uma história que ele não viveu.

Seu pai abandonou a mãe grávida e o resto, bom, o resto não teve.

O menino cresceu, vive com a avó desde que a mãe morreu e nunca conheceu o pai.

Só que ao pegar o ônibus de volta para casa, o menino vê um homem na rua que é muito parecido com o pai que ele só conheceu por fotos.

Ele desce do ônibus e vai atrás de sua história.

Primeiro levando um não do homem, dizendo que o menino está doido.

E depois de muito insistir, ele consegue que seu pai o reconheça.

E por lá ele fica.

O filme do diretor Lorenzo Vigas tenta ser uma jornada de conhecimento e descoberta do menino e também do pai que nunca foi e que agora vai ser 2 vezes, já que sua esposa está grávida.

Nisso ele juntou histórias de cunho social como o abandono, a pobreza, trabalhadores miseráveis e nesse caldeirão de opções, o filme fica num meio de caminho perigoso.

Eu lembrei muito do lixo mexicano de 2 anos atrás, Nova Ordem, onde o diretor Michel Franco quis fazer uma crítica a la Parasita e errou na mosca.

Pra piorar, ao se defender, ele dizia ser mal interpretado por ser um diretor de cinema branco no México.

Tadinho, né?

A Caixa recebeu críticas parecidas em seu país, principalmente por estereotipar a pobreza, onde os miseráveis não são brancos e o único branco do filme é o opressor. Em vários níveis.

Resumindo, o filme é um bom motivo pra se ver o que vem sendo feito de quase errado pelo mundo.

E pra gente aprender e não repetir esse tipo de erro por aqui.

NOTA:

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