Drama francês muito bom que me deixou impressionado principalmente pela falsa ideia de ser um filme bobo.
Arrête Avec Tes Mesonges, Pare Com Suas Mentiras, começa como um drama romântica adolescente gay onde o fodão da escola percebe que o nerd gay fica olhando pra ele, o que o faz se aproximar e dali nasce um (quase) namorico às escondidas.
Claro, ninguém pode saber que Thomas gosta de transar com Stéphane.
Mas ninguém pode nem imaginar que os dois sequer conversariam, quanto mais que ficam juntos cada vez com mais frequência.
Tudo vai bem nas suas escapadas que vão aos poucos se tornando quase que diárias senão em lugares lindos nos arredores da cidade de Cognac onde moram ou na casa de Stéphane, já que seus pais trabalham fora e voltam tarde.
Mas enquanto o nerd declara sempre seu amor ao fodão, este diz que não sabe o que é amor, se ama, se um dia vai amar enquanto o beija calorosamente pelado na cama.
As férias chegam, Thomas vai para a Espanha e não volta nunca mais.
Stéphane cresce, vai morar longe, se torna um escritor muito bem sucedido e volta pela primeira vez depois de décadas a sua cidade Natal para uma palestra e um prêmio a convite da prefeitura.
Lá ele logo percebe Lucas, um jovem muito interessado no passado do escritor na cidade porque diz que seu pai, que foi contemporâneo de Stéphane, sempre assistia as reportagens sobre o escritor com muita reverência quando o via na tv.
Aos poucos o filho pródigo vai descobrindo quem era o pai de Lucas e a verdadeira razão de como surgiu o convite para seu retorno.
O diretor Olivier Peyon conseguiu o feito de não só nos contar sua história aos poucos mas também de nos surpreender de verdade com os pormenores que vinham sendo revelados.
A história, ou cada mentira do título, através de um roteiro muito bem escrito e muito bem estruturado, faz com que nós espectadores possamos perceber o nível de “manipulação” que o diretor age sobre nossa experiência fílmica.
Mas descobrimos sempre um passo tarde demais.
Não que o filme seja uma teia intrincada de enrolações bobas, mas a cadência romântica do filme junto com aquela cara de “filme bobo”, criam uma experiência bem agradável.
É um filme gay sem fortão sem camisa, sem reviravoltas rocambolescas mas sim com uma história agradável e fofa, como todo romance deve ser, de uma forma ou de outra.
NOTA: 🎬🎬🎬🎬