143/2023 NIGHTCLUBBING: THE BIRTH OF PUNK ROCK IN NYC

Nightclubbing: The Birth of Punk Rock in NYC com certeza é o filme que eu precisava assistir nestes últimos dias por motivos de estar com os bagos na lua querendo chutar alguma coisa que quebre muito.

Comecei vendo o documentário que conta a história do lendário, amado E odiado Max’s Kansas City, o berço do rock underground e revolucionário da NY dos anos 1970.

E terminei rindo muito ao descobrir que o fundo “fofo” do documentário era (tentar) provar que o punk nasceu no inferninho e foi “roubado” pelo inglês que por lá estava perdido Malcolm McLaren, que espertão, atravessou o lago atlântico com a ideia debaixo do braço e lá criou os Sex Pistols com dinheiro da loja de roupas da esposa E gênia Vivenne Westwood.

Tudo isso depois de assistir um show dos New York Dolls e pirar o cabeção.

Pra isso tudo, o diretor Danny Garcia entrevista um belo de um punhado de sobreviventes daqueles tempos, de Iggy Pop a Alice Cooper para contar as história do Max’s, de sua rivalidade com o CBGB.

De como um restaurante na frente, com um inferninho atrás derrubava tudo com os rock absurdamente pesado de Cooper, com o show abilolado dos super bem vestidos Dolls, de como as bandas imploravam para tocar lá, como os Cramps fizeram e foram gongados na época.

Assistir Nightclubbing é entender o quanto o underground sempre foi e sempre será o maior “paridor” de, no caso rock, mas da melhor arte possível.

O niilismo, a falta de dinheiro, a falta de onde morar, o foda-se e até o punk “faça você mesmo” só foram possíveis porque os artistas não tinham opção. Nenhuma.

Eles chegavam cedo ao Max’s pra comer a comida grátis que era oferecida e ficavam lá trocando ideia e bebendo e se drogando porque não tinham nem pra onde ir e muito menos pra que ir.

Assistir o Billy Idol contar de sua primeira vez no Max’s é demais, dá pra ver a surpresa dele 40 anos atrás em sua voz.

Ouvir desse povo que o show do Suicide era sim o mais improvável e absurdo de todos é confirmar os meus sonhos.

Ouvir que o Bowie foi apresentado ao Iggy Pop numa noite bem “baixa”, é meu sonho.

Quando eu acho que já li tudo sobre as quantidades absurdas de drogas que a dupla consumia para “criar”, vem um filme desses e me dá um safanão pra eu acordar.

O legal deste filme é que todas as histórias que a gente lê e relê sem cansar nos livros e nas publicações sobre nossos ídolos que nos 70’s criaram tudo o que o rock e por consequência a música pop é hoje, é impagável.

Ver o Alan Vega falando me fez chorar.

Ver esse povo todo velho mal parando em pé mas com as melhores histórias para contar, me fez sorrir muito.

E a surpresa do filme: ver o Sonny Vincent dos Testors dando entrevista, eu quase morri de susto. E depois ver os caras tocando no Max’s, que preciosidade.

Nightclubbing: The Birth of Punk Rock in NYC já entrou pro meu top 5 de melhores documentários de rock da vida e se dinheiro eu tivesse, abriria meus cofres pro diretor Garcia porque pra conseguir esse povo todo falando pra sua câmera, o cara deve poder mais ainda.

NOTA: 🎬🎬🎬🎬🎬

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