Slasherzinho bonzinho, cheio de sangue e tals.

Mas…

Sempre tem um mas, que saco.

Bowie é um jovem atriz que faz muito sucesso em sua estreia no cinema em um filme de um palhaço assassino. E só.

Sua carreira não vai pra frente e ela não sabe se é por causa do filme, se é por ser lésbica, se é porque ela não é padrãozinho.

Ou se são todas as alternativas anteriores.

Enquanto isso sua namorada Jessica vai fechando filme depois de filme e enquanto viaja pro exterior para estrelar um filme de super heróis, Bowie fica em casa tendo que lidar não só com seu fracasso mas também com um stalker escroto. Desculpe porque stalker escroto é um pleonasmo.

E aí começa o horror de verdade, que é legal, aquilo que a gente espera de uma jovem meio bêbada tendo que lidar com um stalker que usa a máscara do palhaço assassino do filme que ela estreou.

O que poderia ser um plot twist, uma ideia incrível de reviravolta no roteiro acontece meio que do nada e eu fiquei “hmm, será?”.

E essa dúvida meio que deu uma baixada de bola no filme pra mim, apesar de ser boa e ter consequências incríveis.

Mas de novo aqui me deparo com algo que tem acontecido muito em filmes atualmente: a falta de um roteiro bom, consistente, onde as ideias mais esdrúxulas tenham o mínimo de coerência ou explicação.

Porque, pra mim, não adianta o diretor ou o roteirista ou o produtor ter uma ideia incrível pra um filme que não faz sentido num roteiro. E mesmo assim arriscar e fazer o filme por causa da grande ideia.

Um roteiro bom tem que responder alguns perguntinhas básicas para funcionar e uma delas é: de onde veio essa virada, como assim, explica?

E se ninguém conseguir explicar não vai ser quem assiste o filme que vai conseguir. E pior, vai deixar a pessoa com raiva por ter tido uma experiência não tão satisfatória, pra ser bonzinho.

Faceless After Dark tem essa ideia boa que diretor, roteirista, produtor, todos eles tiraram provavelmente de seus kools, ou de suas cartolas e dane-se que não faz sentido porque cinematograficamente é legal.

Na maioria dos casos pode ser legal mas nunca é suficiente.

NOTA: 🎬🎬🎬1/2