Fico boladão quand uma das histórias mais legais do mundo das artes plásticas de todos os tempos é transformada em um filme meia boca, corrido, desesperado.
O Último Vermeer fala do holandês Han Van Meegeren (Guy Pearce), um artista/colecionador/marchand que durante a Segunda Guerra Mundial, na Holanda ocupada, vende ao número 2 do Reich, Goring, um Vermeer por um fortuna descabida para época, considerada a obra mais cara de todos os tempos até então.
Ao final da Guerra, Meegeren foi preso por traição, por cooperar com os nazistas no que a polícia achava que inclusive essa venda milionário foi lavagem de dinheiro, que o holandês bancou células nazistas no país.
Mas Meegeren contou sua história para o policial que o prendeu, Joe Piller (Claes Bang) que claro não acreditou: o Vermeer vendido era falso.
O artista holandês, relegado a um pintor de última categoria pela crítica de seu país, passou a falsificar obras de vários artistas clássicos de seu país e a vendê-las como “achados” por preços exorbitantes.
Vermeer, um dos mestres holandeses de todos os tempos, só pintou 30 quadros em sua vida.
O falsário Meegeren vendeu mais de 30 quadros do mestre holandês não só para o nazista como também para museus e coleções do mundo inteiro.
A um passo de ser fuzilado por traição, Han Van Meegeren conseguiu provar sua inocência por ser falsário e virou um herói nacional.
Mas o filme nos deixa com uma pulga atrás da orelha, pulga essa que a Holanda tem desde então também.
O filme, inclusive, que poderia ser um daqueles suspenses policiais investigativos que a gente tanto ama acaba sendo um drama perdido em sua super velocidade, já que os roteiristas e o diretor de primeira viagem Dan Friedkin não conseguiram se decidir o que seria mais interessante contar de uma história gigantesca e cheia de possibilidades.
O Último Vermeer não é ruim, principalmente por ser encabeçado por 2 grandes atores, Pearce e Bang, e também pela produção incrível a cargo de Ridley Scott. Apesar de sequências bem atropeladas, o filme vale ser visto pela história inacreditável.
NOTA: 🎬🎬🎬1/2
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