Um ano atrás, mais ou menos, eu escrevi sobre Amazing Grace, o documentário que mostra o que na minha opinião se tornou a maior gravação de uma música ao vivo da história, onde Aretha Franklin cantava o clássico hino religioso, além de outros, em um disco que ela quis fazer de qualquer maneira em uma época de grande drama em sua vida.
O documentário é absurdo, Aretha entrega tudo e o final, ao cantar a música, eu chorei litros de emoção.
Parece ter sido uma experiência transcedental.
Coincidentemente (ou não), Respect: A História de Aretha Franklin, termina com a mesma cena.
Aretha na igreja lotada, gravando o disco que sempre quis fazer.
E isso não é spoiler, não se preocupe.
Diz a lenda que Aretha Franklin quando viva, ao saber que este filme seria feito, exigiu que Jennifer Hudson a vivesse no cinema.
Bom, J-Hud é aquilo que a gente sabe, uma cantora razoável, ganhou um Oscar inacreditável como coadjuvante mas é das maiores, na minha opinião, lobbystas de Hollywood.
O que ela faz e trabalha e participa é inacreditável, principalmente pelo talento limitado dela.
E este Respect é a prova cabal de que a fofa como atriz, canta razoavelmente bem.
Infelizmente o filme é ruim, é mais uma cinebio feita no Excel, com cenas esquemáticas em sequências óbvias que não dão sono, dão raiva.
O filme conta a história de Aretha Franklin, da infância sendo estuprada em sua própria casa e engravidando até todos os problemas que ela tem com os maridos e namorados, o pai controlador, o talento represado, a insatisfação com a vida e a carreira e a virada quando consegue pela primeira vez tomar conta de suas vontades.
O problema é que o filme parece bem genérico sobre uma cantora qualquer que viveu na mesma época.
Nada no filme mostra força ou personalidade, é mais um filme genérico perdendo a oportunidade de contar a história de uma das maiores cantoras da história e pior, de mostrar um dos momentos mais lindos da canção americana.
NOTA: 🎬🎬
Um pensamento sobre “248/2021 RESPECT: A HISTÓRIA DE ARETHA FRANKLIN”