306/2021 MURINA

Eu amei e odiei Murina pelo mesmo motivo: o personagem do pai escroto, quer dizer, escrotíssimo de Julia.

Julia é a personagem principal deste filme Croata, um dos melhores vistos na #MostraSP #45Mostra, vencedor do Camera D’Or, o prêmio ao melhor filme de estreia do Festival de Cannes.

Tudo por causa de Antoneta Alamat Kusijanovic, a croata roteirista e diretora deste petardo.

Julia é uma garota de seus 16 anos de idade que nora em um paraíso, na costa Croata, com sua mãe lindíssima e fofa e com seu pai, o pior vilão do cinema de 2021 e com quem Julia mergulha todos os dias naquele mar que parece de filme.

Ops.

O cara maltrata a esposa, a filha, não faz questão de ser educado com ninguém, grita, manda, desmanda e ai de quem levantar a voz pro fofo.

A dicotomia é óbvia, a vida no paraíso parece um inferno.

Até que chega Javi, amigo de vida do pai escroto e paixão antiga da mãe fofa, que depois de 7 anos volta milionário para, como o pai escroto quer, comprar umas terras na cidade e montar um resort.

E foda-se o paraíso, já que o pai quer se mudar pra capital.

Só que Javi quer o melhor pra Julia e pra sua mãe.

E por conhecer o amigo de longa data sabe que esse melhor não vai acontecer com o pai escroto por perto.

Murina é um filme de metáforas nada sutis, de gritos engasgados, de vontades realizadas em sonhos e debaixo do mar, onde ninguém pode ouvir seu grito.

Só nós espectadores, que observamos impávidos ao drama que é tão recorrente em tantas famílias a nossa volta mas que ganha ares quase oníricos neste filmaço.

NOTA: 🎬🎬🎬🎬1/2

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