006/2022 THE INNOCENTS

Para para para tudo, como diria o grande João Kleber.

Quero refazer minha lista de melhores filmes de 2021 e colocar esse norueguês no top 2.

Não pode, eu sei, até porque assisti essa pérola perdida nos meus arquivos só em 22.

Mas gente, presta atenção: Os Inocentes (ou será como vão chamar o filme por aqui) é um dos melhores filmes dos últimos anos.

Começa que o filme é dirigido e escrito pelo Eskil Vogt, o roteirista do melhor roteiro de 2021, A Pior Pessoa do Mundo, o filme do Joachim Trier que a gente ama tanto.

Vogt também escreveu quase todos os filmes anteriores do cara, inclusive meu preferido Thelma.

Só por isso já dava pra esperar uma paulada mas o filme surpreende até quem como eu espera o máximo.

Os inocentes do título são 4 crianças que moram em um mesmo condomínio de prédios em um subúrbio norueguês qualquer: 2 irmãs bem loirinhas sendo que uma de uns 13 anos é autista e a menor de uns 8 anos é uma capetinha com cara de boneca; um moleque de uns 11 anos de idade que é detonado pelos outros mais velhos; e uma menina de seus 11 anos bem esperta que mora com a mãe.

Os 4 se unem porque descobrem que eles tem poderes super humanos.

Sim, os inocentes são um grupo de crianças super humanas que dá um pau em qualquer filme ou super herói de Hollywood.

Eles conseguem mover objetos, conversar telepaticamente, controlar a mente de pessoas e por aí vão.

O probleminha é que eles não tem a mentoria de um Professor Xavier da vida e portanto, adivinhem, só fazem merda.

Pesada.

Os Inocentes não é um filme infantil, tipo um Sharkboy e Lavagirl da vida.

Os noruegueses não estão pra brincadeira e Eskil Vogt é a prova disso.

Sua história tem começo, meio e fim mas eu passei o filme torcendo para que não tivesse.

O nervoso ligado a satisfação que senti com o filme me deixaram com medo de mim mesmo.

Não sei se queria torcido para o que eu torci vendo esse filme, as sensações que os 4 moleques me deram foi uma das mais estranhas, porque uma coisa é você torcer para o Coringa do Batman, outra é torcer por uma criança com o poder de, sei lá, explodir a cabeça de alguém (e não, nenhuma cabeça explode neste filme. Mas poderia.)

A maneira que Vogt escreveu o roteiro de Os Inocentes e criou o universo bem pequeno e específico onde essas crianças existem faz com que o filme nos dê a impressão de que parece que tudo acontece dentro de 4 paredes com um teto de vidro, onde a gente enxerga uma possibilidade de respiro, de “ar puro”, mas o vidro do teto é mais grosso e mais forte que as próprias paredes e a sensação de alívio é meio que uma miragem em um deserto desesperador.

Categorizar Os Inocentes como horror é pouco.

O filme é um horror de suspense psicológico da vida real do mal infantil cruel.

Pra começar.

NOTA: 🎬🎬🎬🎬🎬

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