Diz a lenda que está para estrear na HBOMax este A Vida Depois de Yang, a ficção científica queridinha de Cannes e Sundance, por onde passou nos últimos meses (a A24 conseguiu de novo o hype).
Yang é um robô super, super avançado, que serve de companhia à filha bem nova de Jake, um cara que em um futuro distópico prepara chás.
Mas não como fazem no futuro, ele faz suas combinações à moda tradicional chinesa.
Casado com Kyra, Jake faz o que pode e o que não pode para tentar arrumar alguma forma de consertar o robô, já que Yang era parte importante de sua pequena família.
A Vida Depois de Yang é um filme que me deixou com sensações bem peculiares.
Primeiro eu amei o casal Jake e Kyra, vividos pelo maravilhoso Colin Farrell e pela deusa Jodie Turner-Smith.
Achei bem legal como Justin H. Min dá vida ao andróide Yang e de como é fofa Malea Emma Tjandrawidjaja, que vive a lindinha Mika, filha do casal que fica desolada com o problema de mal funcionamento de Yang.
Que em princípio morreu tecnologicamente falando mas que Cleo, que cuida do museu de andróides, pode de alguma forma reviver algumas memórias de Yang.
Apesar de toda essa fofura e principalmente da beleza estética do filme, com uma direção de arte precisa ao construir um mundo do futuro que não nos assusta, A Vida Depois de Yang é um filme de um diretor que não sabe se ele quer fazer um videoclipe ou um comercial ou aparecer mais que todo mundo do elenco junto.
O filme é dirigido por um sujeito que se chama Kogonada, que estreou na direção com o meia boca Columbus, um filme hipster que vai do nada ao lugar nenhum.
Meio como este filme do Yang, um filme que se se propõe filosófico, com um ar solene, onde se discute a vida, a morte, quem vai e como ficam os que ficam mas que no final das contas, como já disse, Kogonada fica colocando o seu nariz pra fora, fazendo a gente se lembrar que tem um diretor modernoso por trás disso tudo, com suas interpelações de locuções, com sua direção constrita mas principalmente com o ritmo que ele impõe ao filme, que mais parece uma missa longa, lenta e quase dolorosa de se participar.
A Vida Depois de Yang tinha tudo para seu meu filme preferido de 2022: ficção científica, distopia, robôs inteligentes e interessantes, morte, vida de quem não morreu, mas infelizmente o filme não pegou no meio dos meus rins, como cantava Gainsbourg.
Bonitinho, bem bonitinho, mas ordinário.
Nota: 🎬🎬🎬1/2
2 pensamentos sobre “066/2022 A VIDA DEPOIS DE YANG”