Devotion: Uma História de Heróis é um bom filme.
Poderia ser ótimo se tivesse sido lançado antes de Top Gun: Maverick.
Explico.
Devotion é um filme sobre Jesse Brown, o primeiro piloto negro da aeronáutica dos EUA.
A história se passa no final da Segunda Guerra Mundial onde os pilotos que vinham sendo treinados para irem pra Europa, de repente ficaram órfãos de batalha com a derrota do eixo.
Os militares perceberam que tinham em mãos um grupo capaz, bem treinado e doido pra matar uns inimigos e mandaram esses caras para treinarem mais e mais na Europa até que um tempo depois a Coréia pisou na bola e lá se foram os salvadores do mundo que não podem ficar sem guerra que piram.
Jesse Brown (o incrível Jonathan Majors) era o piloto mais competente da turminha até que apareceu Tom Hudner (o galãzaço Glen Powell, que também esteve em TGM), o cara que erra perfeito para ser a cara dos novos heróis porque além de ser o piloto perfeito, era lindo, loiro de olhos azuis.
O que ninguém esperava era que os dois virassem melhores amigos e Hudner tinha certeza que Brown era O cara, o que logo seus superiores também descobriram.
Mas por que não dá pra ver esse filme depois de Top Gun: Maverick?
Porque o Tom Cruise e sua patota criou o filme definitivo de pilotos, com as cenas aéreas mais absurdas possíveis, a maioria delas ao vivo.
E quando a gente assiste um filme como Devotion a coisa fica maluca.
Claro que Devotion é um filme sobre uma história real, focado nos personagens, não é um filme “de videogame”, de pós produção como Top Gun. Mas Devotion tem muita cena dentro dos aviões.
Que são bem filmadas, claro, mas não chegam aos pés do outro filme.
Devotion é dirigido pelo mais que competente J. D. Dillard, o cara que fez Sweetheart, filmaço.
Mas ele pulou de um indiezinho que custou 10 reais pra uma super produção milionária. E a gente enxerga essa falta de experiência em vários momentos, quando percebemos que a voz dos produtores foi mais forte do que a do diretor.
Mas Devotion não é ruim, muito pelo contrário.
É um filme que se fosse ainda mais no chão e menos no ar e mais curto (mais de 2h, meu povo), talvez tivesse sido um dos destaques da temporada.
NOTA: 🎬🎬🎬1/2