Beginning é o candidato da Georgia a uma vaga ao Oscar de melhor filme internacional.
E se depender da minha torcida, não fica nem entre o top 15.
Que decepção.
Beginning prova 2 teorias minhas.
A primeira é que Cannes 2020, sem festival e com seu selo de aprovação ao filmes, só selou e aprovou filmes ruins na pior seleção de todos os tempos do festival francês.
Beginning incluso.
A segunda teoria é que o hype feito em cima de filmes de festivais que ninguém viu e enrolam pra lançar, e falam muito, como o Mubi fez com Beginning, é sempre mais marketing que qualidade fílmica mesmo.
Este filme poderia ser um grande filme, uma ode ao sofrimento feminino, mas o tipo de cinema feito pela diretora Déa Kulumbegashvili em sua estreia, o cinema frio, que olha e não interfere, distanciado, anódino demais, não me emociona.
Isso tudo pra dizer que a história de Beginning é ótima, sobre como um casal de pastores religiosos sofre ataques de grupos extremistas e fica fugindo de cidade pra cidade até que os radicais resolvem dar um ultimato a eles que acaba com a vida de paz que eles tentavam levar.
O roteiro é cruel, sem concessões, bem bom e a diretora faz o que quer e o que não quer com o filme com seus planos longos e fixos, que mais dizem sobre ela que sobre o filme, como inclusive foi uma constante em filmes de Cannes de 2020 como o brasileiro Casa de Antiguidades.
De novo, não é pra mim.
NOTA: 🎬🎬1/2