Kiyoshi Kurosawa é um dos ótimos diretores japoneses em “ação”, com sua obra focada em filme de gênero.
Ele fez ótimos horrores e sua obra prima é Tokyo Sonata.
Wife of a Spy é a prova de que Kurosawa sabe fazer suspense e mais, sabe fazer um melodrama clássico.
O filme tem ares de uma boa novela, com uma história bem folhetinesca.
Mas não se deixe enganar: Wife of a Spy, Esposa de um Espião, é muito mais que isso.
O filme usa todos os arquétipos do melodrama com toques noir hollywoodiano da década de 1950: a esposa apaixonada, o marido com segredo, o policial durão amigo de infância da esposa, a estrela de cinema que some, a dúvida da traição, o estar no lugar certo na hora errada.
Só aí já contei o plot do filme, quando a mulher apaixonada começa a duvidar do seu marido cineasta porque seu amigo de infância policial acredita que o marido tenha matado a atriz de seu filme que seria sua amante.
A esposa fica ainda mais desconfiada porque o marido começa a agir de forma estranha depois de voltar de uma viagem a Manchúria.
Ah, claro, tudo isso se passa no início da Segunda Guerra Mundial, exatamente nos dias que eles ouvem no rádio que o Japão está se unindo a Alemanha e Itália, formando o Eixo.
O filme é o máximo, o elenco é deslumbrante e Kyioshi Kurosawa é um desses diretores que devem ser acompanhados de perto. Não por menos ele venceu o prêmio de melhor diretor no Festival de Veneza de 2020 com esse filme.
NOTA: 🎬🎬🎬🎬1/2
Resenha de 30 segundos ou menos:
Trailer:
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