112/2022 BULL

Um dos gêneros cinematográficos que mais me deixam de nuca arrepiado e de queixo caído, um dos meus obviamente preferidos é o de gangster inglês.

Sim, meu caro leitor, o filme de gangster inglês, ou de bandidinho inglês, porque não é de bandido alta classe, fino com sotaque da rainha imortal.

O gangster inglês é o que mora nas periferias, que inventa palavras, que usa droga, que tem amante, que bate nos filhos, que bate na esposa, que apanha, que vai preso.

Meio que o típico brasileiro. Brincadeira.

Bull é um desses.

O filme é sobre um gangster inglês conhecido como Bull (touro), de tão fofo que ele é. E não pelos chifres, mas pela brutalidade do cara.

Quando todo mundo achava que ele tinha morrido 10 anos atrás, queimado, baleado e enterrado por seu sogro e capangas, Bull volta para se vingar desses fofos e principalmente de sua esposa, mãe do filho que ele tanto ama.

O que a gente assiste nos 90 minutos de filme é um banho de sangue perpetrado por um dos personagens mais violentos dos últimos anos.

Bull, vivido pelo magnífico Neil Maskell, é gordinho, barbudinho, com cara de tio fofo mas que não deve ter 1 miligrama de amor ou de gentileza ou de paciência em seu corpo que não seja para seu filho.

Se você não suporta violência gratuita, não veja Bull.

Quer dizer, me desculpe, a violência não é gratuita, ela seria desnecessária, mas daí o filme seria um desses ruins brasileiros que se passam nos morros que mais parecem relatórios de programas dos datenas da vida.

Bull é pesado, é cruel, é impiedoso, não tem conversa com ele. Ou até tem. Aos poucos a gente vai entendendo que ele não é assim tãoooooo cruel.

Apesar de ser sim, ele tem 1 segundinho de, sei lá, gentileza?, antes de usar um facão, ou um cutelo, ou uma 12 cano cerrado, ou a mão mesmo.

Bull volta depois de 10 anos para se vingar de algo que ele não se conforma ter sofrido.

Ele sabia onde vivia, como vivia, com quem vivia e pra quem trabalhava (um sogro podre, gangster picareta) mas o que fizeram com Bull, segundo o próprio, não foi certo.

E a gente não só assiste essa volta triunfal mas também acompanha ao mesmo tempo a história em flashbacks espertos onde tudo encaminha para um final mais que surpreendente.

NOTA: 🎬🎬🎬🎬

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Um pensamento sobre “112/2022 BULL

  1. Obrigado por essa indicação, assisti ontem mesmo! Adorei a fluidez do roteiro. Mesmo sendo um filme pesado, o roteiro se desenrola com leveza, descortinando os eventos entrecortados aos poucos, sem enrolar, arrastar ou chatear. O final dá a impressão que alguém falou de brincadeira para o diretor como uma piada absurda e ele disse “porquê não?” e acabou dando certo mesmo!

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