158/2022 O PESO DO TALENTO

Se o povo aqui no Brasil não fosse bunda mole esse filme se chamaria O Peso Insuportável do Talento Gigantesco.

Que é o que melhor definiria Nicolas Cage, o ator que a gente tanto ama e aqui neste caso, o personagem que o próprio vive nesta comédia também produzida por Cage.

Quer dizer, temos o multiverso Cage na nossa cara.

E ele não decepciona.

O Peso do Talento é um filme tão grande e tão importante para Nic Cage quanto foi Hudson Hawk – O Falcão Está à Solta para Bruce Willis em 1991.

Só espero que este filme do Cage não caia num quase ostracismo quanto caiu o melhor filme de Willis.

E eu tento explicar, apesar dos filmes serem bem diferentes.

Você vai se perguntar: mais um filme do Nicolas Cage? Sim, vai na minha que esse é incrível.

O Peso do Talento é uma comédia bizarra, extremamente bem escrita e muito bem dirigida por Tom Gormican.

No filme, Nic Cage está num momento difícil de sua carreira e de sua vida pessoal quando recebe um convite de um “job” atípico: fazer presença em uma festa de um milionário espanhol.

Claro que ele não topa até saber que o cachê é de 1 milhão de dólares, sendo que ele descobre estar devendo 600 mil só de aluguel no hotel chic onde mora.

O problema é que chegando na ilha de Mallorca ele descobre 2 detalhes que vão dar a tônica do filme.

Primeiro é que o tal milionário vivido por um inspiradíssimo Pedro Pascal, escreveu um roteiro de um longe que espera que Nic seja o ator principal.

Segundo que Javi, o milionário, é na verdade o maior contrabandista de armas da península ibérica e na mesma casa que está Cage, também está o cativeiro da filha sequestrada do candidato a primeiro ministro da Espanha, seu adversário.

O que acontece a partir dessas duas informações é uma das histórias mais legais que você vai assistir em um filme este ano, eu tenho certeza.

A ideia de usar o próprio Nicolas Cage como ator vivendo ele mesmo como personagem é genial não só por isso, mas também porque o roteiro do diretor Gormican vai além e usa vários outros personagens da prolífica carreira de Nicolas Cage para resolver probleminhas que vão aparecendo na história.

O Peso do Talento é uma comédia de ação tão boa, que deve ter custado 1/5 de um filme como Bourne por exemplo, que ninguém aguenta mais assistir por se levar a sério demais.

E se os estúdios fossem inteligentes, o que obviamente não são, e tem piada sobre isso neste filme, mais histórias absurdas como essa seriam produzidas em Hollywood.

Aliás, tá aí a ligação com Hudson Hawk, o quase surreal, a inteligência do filme de ação que não se leva a sério demais.

Em O Peso do Talento a quantidade de piadas críticas sobre Hollywood é quase infinita e pra você ter uma ideia, os filmes estrelados por Nic citados no filme, que eu me lembre vão de Face Off a Con Air – A Rota da Fuga, passando por Coração Selvagem, A Rocha, Adaptação, O Feitiço da Lua, Croods, Peggy Sue – Seu Passado a Espera, Despedida de Las Vegas, O Capitão Corelli, O Guarda-Costas e a Primeira-Dama, 60 Segundos e claro, Mandy e Arizona Nunca Mais.

Juro, esses são os que eu me lembro agora sem fazer força, se for pesquisar devem ter outros ainda.

E já que eu tô nuns dias de comédia romântica, poderia até dizer que o improvável casal formado por Cage e Pascal seja um dos mais incríveis dos últimos tempos e que O Peso do Talento seja senão a primeira, a melhor comédia romântica de ação dos últimos anos e já um dos meus preferidos de 2022.

NOTA: 🎬🎬🎬🎬1/2

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2 pensamentos sobre “158/2022 O PESO DO TALENTO

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