033/2021 SAINT MAUD

Saint Maud talvez fosse o filme do ano passado que eu mais estava na expectativa para assistir.

Horror, inglês mas… não me pegou.

O filme é todo perfeitinho.

Bem escrito, bem dirigido, com um elenco bacana, fotografia muito acima da média, na verdade o grande acontecimento do filme.

Mas a história da enfermeira que acha que tem conexão com deus através de orgasmos e que fica obcecada por uma paciente que exatamente não acredita em deus, me deixou na mão.

Maud, a enfermeira doidinha de tudo, é super competente, ao que parece, apesar de na primeira cena estar coberta de sangue não se sabe como nem o porquê.

Ela consegue um trabalho na casa dessa nova paciente, uma ex bailarina famosa que já não tem mais o controle sobre suas pernas e por isso precisa de alguém 24 horas por perto.

Ao menos quando vai receber uma visita mais íntima, daí ela libera Maud pra dar uma volta bem longa.

Aos poucos Maud vai se aproximando de Amanda e tenta como pode explicar para sua patroa como entende que deus lhe manda sinais. E logo tem uma tremedeira, um belo de um orgasmo, dizendo que acabou de receber uma mensagem.

O filme vai nessa vibe de horror psicológico de ambas as partes, com a enfermeira querendo se aproximar religiosamente da patroa e com Amanda querendo que Maud entenda seu lado mais, digamos assim, hedonista.

O problema pra mim é que Saint Maud foi vendido como uma coisa e entrega um genérico bom, mas longe do que eu comprei.

Saint Maud é um drama meio anos 1950, meio que um All About Eve, meio que um O Que Terá Acontecido a Baby Jane (eu sei que esse não é 50’s), onde 2 mulheres vividas por 2 ótimas atrizes performam um jogo de gata e rata, mas nesse caso, um jogo onde não sabemos exatamente quem é quem, apesar das aparências.

Faltou muito horror e sobrou muito psicológico a ponto de eu achar em um ponto que o filme era sobre uma d.r. infinita, o que me deixou pela primeira vez apavorado.

Todo mundo dizia que o bom de Saint Maud era por não ter os jump scares, os sustos de pular da cadeira, mas eu juro que preferiria que eles existissem para então eu ter algum prazer masoquista com o filme.

Saint Maud é bacana, mas é um drama bacana, não é um horror bacana. É um drama dirigido com uma mão pesada no bom sentido, que poderia ter sido um filme 5 claquetes se não tivesse me frustrado tanto.

NOTA: 🎬🎬1/2

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