022/2023 NOCEBO

Placebo, todo mundo sabe, é aquele “remedinho feito de açúcar”, sem efeito nenhum, que pacientes recebem para serem enganados, numa definição bem grosseira.

Nocebo é quando o placebo faz efeito a partir de uma interação psicológica e acaba criando efeitos nocivos no paciente.

No filme Nocebo, a estilista de moda infantil Christine (a sempre maravilhosa Eva Green) tem uma visão dos infernos um dia em seu ateliê, onde ela vê um cachorro todo podre cheio de carrapatos que acabam voando pra cima dela.

A partir daí ela começa a sofrer de alguma doença misteriosa e sua vida vai por água abaixo, para tristeza de seu marido (o preferido Mark Strong) e de sua filha.

Aos poucos ela vai tentando melhorar, voltar à vida de antes até que um dia ela recebe em sua casa uma mulher filipina que, ao que tudo indica, Christine contratou para trabalhar como doméstica.

Apesar dela não se lembrar.

Diana, a mulher misteriosa (Chai Fonacier), diz para Christine que ela pode tentar ajudá-la com suas dores, seus desmaios, seus problemas físicos e psicológicos a partir de sua sabedoria tradicional.

E quem diria que as coisas funcionariam e que Diana viria a ser uma “bruxa” das boas.

O diretor Lorcan Finnegan então começa a nos contar em flashbacks a história de Diana nas Filipinas, desde sua infância quando ajuda uma anciã que acaba morrendo em sua frente até logo antes dela viajar para a Inglaterra para trabalhar para Christine.

Finnegan é diretor do quase bom Vivarium, lembra, aquele filme que o casal recém casado vai morar em um bairro planejado e parece que acaba vivendo dentro de um episódio do Além da Imaginação.

Como neste filme anterior, Nocebo tem uma proposta bem interessante mas morre na praia.

A grande coisa do filme para mim foi sua forma ser muito parecida com horrores setentistas, com a mesma vibe mesma fotografia, trilha de clássicos como O Exorcista, A Profecia e até O Bebê de Rosemary.

Tudo está ali em Nocebo, falta um roteiro bom e um diretor um pouco mais ousado, que se preocupasse um pouco mais com os detalhes de roteiro.

Mas nada que algumas respiradas bem profundas não curem e que não façam de Nocebo uma diversão bem razoável.

NOTA:

Advertisement

Deixe uma Resposta

Please log in using one of these methods to post your comment:

Logótipo da WordPress.com

Está a comentar usando a sua conta WordPress.com Terminar Sessão /  Alterar )

Facebook photo

Está a comentar usando a sua conta Facebook Terminar Sessão /  Alterar )

Connecting to %s