Império da Luz, o novo filme do inglês Sam Mendes, deveria ter sido um #alertafilmão.
Atenção no deveria.
Assim como A Baleia também deveria ter sido um #alertafilmão mas é só um rtexto teatral mal filmado com personagens lindos e inesquecíveis. Mas não, minha gente, A Baleia é um filme medíocre que não sobreviveria se não pelo Brendan Fraser e pela Hong Chau.
Império da Luz é pior ainda porque nem uma atriz do calibre de Olivia Colman ou coadjuvantes de luxo como Colin Firth e Toby Jones, salvam essa bobagem.
Sam Mendes diz que esse filme é uma homenagem a sua mãe e automaticamente faz Império da Luz entrar para o panteão de porcarias familiares de grandes diretores como Spielberg, Paul Thomas Anderson e James Gray.
Neste ponto eu concordo com um produtor pica brasileiro que só produz filme baseado em obras existentes, ele não quer nem ler filmes com roteiro original.
Neste império fadado ao fracasso, Olivia é Hillary, a sub gerente do Empire, um cinema gigantesco, lindo na Inglaterra dos anos 1980, onde ir ao cinema ainda era um ato de amor e nas noites de estreia, uma honra.
Ela tem um sério problema mental que faz com que ela não viva sem sua dose diário de lítio, a droga que matava os vampiros da Anne Rice, lembra?
Aqui o remedinho faz com que Hillary não surte e consiga sobreviver vendendo pipoca, ajudando as pessoas que chegam ao cinema, coordenando a equipe, tendo aulas de dança e sendo amante do gerente casado, com quem ela fica em sua sala fechada, depois do expediente, onde ninguém entra mas todos sabem o que acontece lá dentro.
Até que começa a trabalhar no cinema um jovem bonito e inteligente, Stephen (Micheal Ward), por quem Hillary se encanta imediatamente.
Aos poucos eles se aproximam, vão formando uma amizade quase inconveniente que logo se transforma em um amor improvável.
Mas amor do lado de Hillary, mais velha, que se entrega e meio que espera o mesmo do jovem que ela protege como pode, porque Stephen é negro e eles vivem na Inglaterra quase fascista de Margaret Tatcher onde os skinheads querem expulsar quebrando a cara de todo mundo que não seja branco de olhos azuis.
O problema todo de Império da Luz é a megalomania cinematográfica.
O cine Empire é gigante e Sam Mendes não quis deixar por menos, apesar do roteiro de seu filme ser pequenininho, que daria um draminha de alcova linda, mas ele quis ousar ou nos provar o contrário fazendo um filme gigante e vazio, como o próprio Empire em suas salas abandonadas e empoeiradas, onde o casal se encontra às escondidas onde todo mundo sabe e aqui dão pitaco, porque com homem casado pode, mas com jovem negro não, viu Hillary?
A mão pesada de Aronofsky estragou A Baleia.
A pretensão Sam Mendes e a certeza de que tinha uma história gigante quando não tinha estragaram Império da Luz.
Não tem Olivia Colman grande atriz certa em filme ruim, como não tem Brandon Fraser certo que segure um filme nas costas.
NOTA: 🎬🎬